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Olá queridos visitantes nesta semana trago um texto muito bom para sua meditação.
Boa leitura!!!

GRAÇA, O QUE É GRAÇA?

E, imediatamente, curvando-se Moisés para a terra, o adorou; e disse: Senhor, se, agora, achei graça aos teus olhos, segue em nosso meio conosco; porque este povo é de dura cerviz. Perdoa a nossa iniqüidade e o nosso pecado e toma-nos por tua herança. Êxodo 34:8-9.

O conceito mais difícil de ser compreendido é o da graça. Phillip Yancey disse que graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais. E graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos. A graça significa que Deus já nos ama tanto quanto é possível um Deus infinito nos amar. Nada de bom, justo ou digno pode aumentar o amor de Deus para conosco. Nada de mau, injusto ou indigno pode diminuir o seu amor em nosso benefício. A graça não depende dos merecimentos do homem. A graça não pode ser anulada pelos defeitos do homem. Não há nada que possamos fazer positivamente que desperte o interesse da graça a nosso favor. Não há nada de negativo que possa desfazer a ação da graça em benefício do pecador. Então, por que Moisés achou graça aos olhos do Senhor? Quais os requisitos necessários para alguém achar graça diante do Senhor?

A graça é um assunto ligado ao pecado. Jesus veio ao mundo para salvar o mundo do pecado. Para salvar o mundo, teve que vir como um homem do mundo. Ele se esvaziou de si mesmo quando se encarnou. Ele não perdeu a plenitude de sua natureza divina, mas se deixou despejar da grandeza divina. Ainda que Ele fosse totalmente Deus em sua essência e totalmente homem em sua manifestação, ainda que as duas naturezas estivessem em sua plenitude, Ele se deixou esvaziar de sua grandeza divina, para se encher da totalidade da graça. Para salvar o homem do pecado, Jesus se esvaziou de si mesmo e se encheu da graça. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. João 1:14. A graça está relacionada por completo com o pecado da raça humana. Se há pecado, tem que haver graça para a salvação. As trevas só podem ser dissipadas pela luz e o pecado só pode ser vencido pela graça. A água tem o poder de apagar o fogo, assim como a graça tem o poder de aniquilar o pecado. Quando as chamas consumiam as florestas brasileiras, em razão de forte seca, o clamor geral era por chuva. Todas as reportagens mostravam os sofridos camponeses suplicando chuva. Só as águas de cima podem apagar este inferno, dizia um agricultor desolado. Quando as chuvas chegaram, os focos de incêndio foram sendo extintos, um a um, pelas águas abundantes.

Para salvar do pecado, não há outro remédio. A Bíblia mostra que só a graça pode neutralizar a força do pecado. Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Romanos 5:20-21. A condição para a manifestação da graça é o pecado. A lei serve para avolumar a realidade pecaminosa. A função da lei é fazer sobressair a gravidade do pecado. Mas a graça surge para extinguir a força do pecado e a condenação da lei. Sem a amplificação da seriedade do pecado, produzida pela lei, a graça parece uma coisa pálida e de pouco valor. Porém, quando sabemos o tamanho do gigante Golias, entendemos a grandeza da vitória de Davi. Só podemos avaliar as dimensões da graça quando vemos o exagero maligno do pecado. A missão da lei não é salvar mas revelar a graveza do pecado. Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Romanos 3:20.
Contudo, a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens. Tito 2:11. A salvação é coisa da graça. Onde se fala de salvação para o pecado, tem que se falar de graça. Ou seja, a graça se apresenta onde há pecado. Moisés achou graça diante do Senhor. Isto significa que a graça achou Moisés na condição de indigno pecador. Se remédio é assunto para doente, a graça é assunto para o desgraçado pecador. Moisés não foi encontrado pela graça por ser o mais qualificado, mas, na verdade, por ser o mais indigno. Não são as qualidades que convocam a operação da graça de Deus, pelo contrário, são os defeitos e fraquezas que acionam todos os benefícios graciosos da inexplicável graça divina. Quando o apóstolo Paulo estava orando para que Deus removesse dele um certo espinho na carne, mensageiro de Satanás que o esbofeteava, a resposta de Deus foi muito estranha: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. 2Coríntios 12:9. Esta é uma resposta esquisita de Deus. Como podemos encarar as fraquezas como instrumentos de melhoramento? Os retoques e polimentos, no reino de Deus, ficam por conta da graça, em meio às nossas grandes fraquezas. Foi neste contexto que o apóstolo viu a supremacia das fraquezas, das injúrias, das necessidades, porque quando sou fraco, então, é que sou forte. Este paradoxo do Evangelho contradiz toda a expectativa da religião, que propõe a vitória dos fortes.

A graça não escolhe os melhores, como se fosse uma seleção de atletas, ou os mais bonitos, como num concurso de misses ou modelos, mas os piores dentre os piores. A graça é assunto para marginais e escórias da sociedade. Ao falarmos de hospital lembramo-nos dos doentes e feridos. Ao falarmos do Evangelho da graça recordamo-nos dos excluídos, inconvenientes e indecorosos. Falamos das prostitutas que Jesus acolheu e dos desprezíveis pecadores que comeram com Ele. Falamos dos leprosos tocados com suas mãos limpas e de todos os segregados estupidamente confinados ao isolamento. Falamos da aceitação do intolerável. A graça é um assunto inconcebível para um mundo de talentos e reputação. Ela é inaceitável para a mente seletiva. Nada pode ofender tanto o mérito como a graça plena. A graça é inexplicável no mercado das trocas vantajosas. Mas a Bíblia é categórica: Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão. Gálatas 2:21. A mensagem fundamental do Evangelho é a morte e ressurreição de Cristo, que é revelada na sublimidade da graça plena de Deus. Foi pela graça que Deus nos aceitou em Cristo, crucificando juntamente com Ele o nosso homem velho e nos ressuscitando juntamente com Ele, para vivermos com a vida de Cristo, em nossa carne mortal sujeita às influências do pecado na carne.

A graça elege os piores e os aprova completamente mediante a suficiência de Cristo. Pela graça somos regenerados independentemente de qualquer esforço humano. A graça nos recebe através do sacrifício de Cristo e nos admite inteiros em seu corpo, que é a Igreja, como santos, inculpáveis e irrepreensíveis. A graça nos capacita a crer no Evangelho e nos arrepender de nós mesmos. Santo Agostinho dizia que a árvore boa é a graça; a árvore má é a recusa da graça. O arrependimento é a obra da graça que nos faz negar a nós mesmos, ou seja: confiar totalmente em nosso acolhimento pela graça. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:8-9. Fomos achados por esta extravagante graça. Somos aceitos pela graça inexplicável. E, estamos sendo aperfeiçoados pela graça inefável. Não há graça para um cristianismo sem graça, pois a graça é Deus, em Cristo, realizando tudo que diz respeito à nossa aprovação incondicional. Graça é Deus assumindo a conta do indigno pecador. Graça é Deus fazendo tudo para quem nada merece.

Pastor Glenio Fonseca Paranaguá
(Pastor da Primeira Igreja Batista em Londrina)

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