Parte 1 - Uma Questão de Coração!
João 4.19-24
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura
a tais que assim o adorem. ”(v.23)
Provavelmente você deve ter lido ou ouvido sobre o termo adoração. Alguns relacionam esse assunto com um momento específico da reunião da igreja, dirigido pelo ministro de louvor e executado por artistas vocais e instrumentais. É provável que a maioria aqui não seja um artista da área musical e esse assunto não lhe chame muito a atenção, a não ser que o grupo que esteja ministrando seja bem desafinado. Para alguns, entretanto, que consideram a estética artística algo primordial, como é o caso dos artistas e de alguns críticos de plantão nos cultos, esse assunto pode chamar muito a atenção. Mas, o que você entende por adoração a Deus?
Muitas de nossas dúvidas sobre adoração são como aquela da mulher samaritana. Se nossas questões estão focadas sobre onde e como adorar a Deus, é porque nossa visão está na forma e não na essência. Entretanto Jesus deu uma resposta precisa à mulher samaritana, assim como também a nós nos dias de hoje, sobre a realidade do espírito e da verdade que estão além da simples forma. “vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” João 4.23a
A mulher samaritana levantou a questão teológica popular entre os judeus e samaritanos indagando sobre qual o lugar correto para a adoração. Ela tentou afastar o tema central da discussão, mas na realidade abriu uma porta para Jesus revelar a essência da obra redentora do Cristo: não é tão importante o lugar quanto o coração do adorador! Podemos dizer que a mulher estava falando da melhor forma, da arte, da legitimidade da liturgia, enquanto Jesus Cristo lhe define o que é de fato a adoração. “Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. “João 4:21
Vamos primeiramente avaliar o ponto de vista da mulher samaritana. A adoração no Antigo Testamento quanto a forma, começou com os sacrifícios sobre os altares erguidos em lugares diferentes, depois no tabernáculo, no templo e por último a adoração nas sinagogas. Desde os tempos antigos a forma/arte está constantemente mudando e aperfeiçoando sua expressão, porém não é o primordial alvo na adoração.
Quando entendemos a arte como a inspiração criativa Divina e um meio de adoração a Deus, podemos contemplar a beleza da criação de Deus e sermos ajudados a louvar nessa contemplação. Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Salmos 19:1. Deus deu a Davi a habilidade de construir instrumentos e compor Salmos de adoração. “quatro mil porteiros e quatro mil para louvarem o SENHOR com os instrumentos que Davi fez para esse mister.” 1 Crônicas 23:5. “E quando em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvarem o SENHOR e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos músicais para louvarem o SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre, então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do SENHOR, se encheu de uma nuvem;” 2 Crônicas 5:13
Grandes artistas na história foram incrivelmente talentosos e dedicaram suas obras de arte a Deus. Podemos citar a composição de Mendelssohn numa incrível expressão artística da presença de Deus na obra “Elias”. Johann Sebastian Bach que compôs a cantata BWV 80, planejou uma expressão instrumental do mistério da trindade divina, colocando no órgão uma melodia na mão direita, uma melodia na mão esquerda e uma outra ainda na linha do pedal. Como disse um escritor sobre essa composição “se alguém tem o coração em Deus, essa expressão artística lhe fará um grande bem para compreender a verdade tríplice. Se estiver apenas interessado na arte, pode deleitar-se com a música, mas perde-se o objetivo.” Se retirarmos a atitude do coração conduzida pelo Espírito Santo, tudo que restará será uma bela expressão artística.
A arte no entanto, é muitas vezes exigente e pode facilmente tomar o lugar de Deus como objeto da adoração. A arte vocal e instrumental, por exemplo, pode se tornar uma religião e a principal busca como meio de prazer e satisfação do artista ou do ouvinte. Por outro lado, alguns cristãos acreditam que a arte não é espiritual, negligenciando a excelência para não caírem na armadilha de colocar a arte acima de Deus.
De fato, a arte faz de ninguém um verdadeiro adorador, mas a verdadeira adoração pode também se expressar através da arte. Adoração não é uma questão específica de lugar e forma, mas uma questão de coração. “Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”. Marcos 7:6
Como é fácil voltarmos nossos olhos para a forma e não para Deus. Parece que precisamos constantemente afirmar que adoração não é, em sua essência, uma condição do lugar, do ambiente ou da melodia, antes, é uma condição do coração. Muitas mudanças na estrutura do culto são apenas mais uma tentativa de lidar com a arte e não com o coração. Somos nós que precisamos de mudanças. Não deveria ser algo relevante para quem se reúne para o culto, saber quem esta pregando ou cantando. A adoração precede a reunião de domingo e quando nos reunimos deveríamos adorar a Deus porque já o fizemos durante a semana.
Mas o que é adoração? Tanto no AT quanto no NT o termo adoração significa inclinar-se, prostrar-se diante de; ajoelhar-se, prestar homenagem ou reverência a alguém, seja para expressar respeito ou para suplicar. Adorar significa uma atitude reverente que se expressa atribuindo valor ou mérito. Vejamos o Salmo 96.7,8. “Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas, e entrai nos seus átrios.”
Adoração é uma reação ativa a Deus. Deus se revela e o homem reage a sua revelação adorando-o com fé. Porém, em geral somos até bons ouvintes, mas fraquíssimos em praticar a Palavra de Deus. Ficamos extasiados com a graça de Deus, mas não respondemos coerentemente a essa graça, obedecendo-lhe naquilo que nos manda obedecer. Será que a causa de uma pessoa não ser achada por Deus como verdadeiro adorador é que essa pessoa não vive a adoração como estilo de vida, mas como o resultado apenas de um momento?
O padrão de Deus não mudou, Deus busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Essa é uma condição sine qua non na adoração: ser uma nova criatura em Cristo, regenerado pela Palavra de Deus. A adoração em espírito e em verdade depende primariamente do novo coração recebido pela fé na nossa inclusão em Cristo na sua morte e ressurreição. Deus não busca adoradores fora do seu reino, porém não são todos os do reino que são encontrados como adoradores.
Jesus classificou os adoradores em três tipos: os samaritanos que adoram o que não conhecem - ninguém se relaciona bem com quem não tem intimidade; os que conhecem, mas vivem num conhecimento teórico sem relacionamento profundo, e os que adoram em espírito e em verdade. A adoração verdadeira baseia-se no conhecimento e no amor. Deus só pode ser adorado se for conhecido e amado. O salmista convoca o povo de Deus para adoração dizendo: "Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio” Salmos 100:3
Podemos criar muitas desculpas para não adorarmos a Deus. Podemos dizer que se o local fosse mais bonito e confortável poderíamos adorar de verdade. Podemos dizer que se a igreja tivesse mais calor humano e comunhão poderíamos adorar de verdade. Ainda podemos dizer que se a equipe do ministério de adoração fosse melhor em qualidade, poderíamos adorar com excelência; se os cânticos fossem mais contemporâneos ou mais tradicionais, então poderíamos realmente adorar. O que realmente é importante? A forma ou o conteúdo? “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras”. Amós 5.23
Um rapaz de nossa comunidade me perguntou: Como posso saber se o que estou fazendo está certo ou errado, se é pecado ou não? Respondi: Não há possibilidade de uma pessoa andar com você o tempo todo para te responder às situações. Se você não tiver um relacionamento íntimo com Deus, não saberá e não dará ouvido quando o Espírito Santo falar com você. Da mesma maneira alguém pode perguntar: Como posso ser um adorador verdadeiro? Posso responder: quando você tiver um relacionamento de amor para com Deus este relacionamento o levará a adorá-lo em espírito e em realidade dia-a-dia.
O texto principal de nossa meditação diz: “porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (v.23b). Você e eu temos sido encontrados continuamente por Deus como verdadeiros adoradores? Façamos uma profunda avaliação afim de que possamos entender o que Deus é e o que nós somos, e assim adorar ao nosso Deus em espírito e em verdade.
João 4.19-24
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura
a tais que assim o adorem. ”(v.23)
Provavelmente você deve ter lido ou ouvido sobre o termo adoração. Alguns relacionam esse assunto com um momento específico da reunião da igreja, dirigido pelo ministro de louvor e executado por artistas vocais e instrumentais. É provável que a maioria aqui não seja um artista da área musical e esse assunto não lhe chame muito a atenção, a não ser que o grupo que esteja ministrando seja bem desafinado. Para alguns, entretanto, que consideram a estética artística algo primordial, como é o caso dos artistas e de alguns críticos de plantão nos cultos, esse assunto pode chamar muito a atenção. Mas, o que você entende por adoração a Deus?
Muitas de nossas dúvidas sobre adoração são como aquela da mulher samaritana. Se nossas questões estão focadas sobre onde e como adorar a Deus, é porque nossa visão está na forma e não na essência. Entretanto Jesus deu uma resposta precisa à mulher samaritana, assim como também a nós nos dias de hoje, sobre a realidade do espírito e da verdade que estão além da simples forma. “vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” João 4.23a
A mulher samaritana levantou a questão teológica popular entre os judeus e samaritanos indagando sobre qual o lugar correto para a adoração. Ela tentou afastar o tema central da discussão, mas na realidade abriu uma porta para Jesus revelar a essência da obra redentora do Cristo: não é tão importante o lugar quanto o coração do adorador! Podemos dizer que a mulher estava falando da melhor forma, da arte, da legitimidade da liturgia, enquanto Jesus Cristo lhe define o que é de fato a adoração. “Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. “João 4:21
Vamos primeiramente avaliar o ponto de vista da mulher samaritana. A adoração no Antigo Testamento quanto a forma, começou com os sacrifícios sobre os altares erguidos em lugares diferentes, depois no tabernáculo, no templo e por último a adoração nas sinagogas. Desde os tempos antigos a forma/arte está constantemente mudando e aperfeiçoando sua expressão, porém não é o primordial alvo na adoração.
Quando entendemos a arte como a inspiração criativa Divina e um meio de adoração a Deus, podemos contemplar a beleza da criação de Deus e sermos ajudados a louvar nessa contemplação. Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Salmos 19:1. Deus deu a Davi a habilidade de construir instrumentos e compor Salmos de adoração. “quatro mil porteiros e quatro mil para louvarem o SENHOR com os instrumentos que Davi fez para esse mister.” 1 Crônicas 23:5. “E quando em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvarem o SENHOR e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos músicais para louvarem o SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre, então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do SENHOR, se encheu de uma nuvem;” 2 Crônicas 5:13
Grandes artistas na história foram incrivelmente talentosos e dedicaram suas obras de arte a Deus. Podemos citar a composição de Mendelssohn numa incrível expressão artística da presença de Deus na obra “Elias”. Johann Sebastian Bach que compôs a cantata BWV 80, planejou uma expressão instrumental do mistério da trindade divina, colocando no órgão uma melodia na mão direita, uma melodia na mão esquerda e uma outra ainda na linha do pedal. Como disse um escritor sobre essa composição “se alguém tem o coração em Deus, essa expressão artística lhe fará um grande bem para compreender a verdade tríplice. Se estiver apenas interessado na arte, pode deleitar-se com a música, mas perde-se o objetivo.” Se retirarmos a atitude do coração conduzida pelo Espírito Santo, tudo que restará será uma bela expressão artística.
A arte no entanto, é muitas vezes exigente e pode facilmente tomar o lugar de Deus como objeto da adoração. A arte vocal e instrumental, por exemplo, pode se tornar uma religião e a principal busca como meio de prazer e satisfação do artista ou do ouvinte. Por outro lado, alguns cristãos acreditam que a arte não é espiritual, negligenciando a excelência para não caírem na armadilha de colocar a arte acima de Deus.
De fato, a arte faz de ninguém um verdadeiro adorador, mas a verdadeira adoração pode também se expressar através da arte. Adoração não é uma questão específica de lugar e forma, mas uma questão de coração. “Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”. Marcos 7:6
Como é fácil voltarmos nossos olhos para a forma e não para Deus. Parece que precisamos constantemente afirmar que adoração não é, em sua essência, uma condição do lugar, do ambiente ou da melodia, antes, é uma condição do coração. Muitas mudanças na estrutura do culto são apenas mais uma tentativa de lidar com a arte e não com o coração. Somos nós que precisamos de mudanças. Não deveria ser algo relevante para quem se reúne para o culto, saber quem esta pregando ou cantando. A adoração precede a reunião de domingo e quando nos reunimos deveríamos adorar a Deus porque já o fizemos durante a semana.
Mas o que é adoração? Tanto no AT quanto no NT o termo adoração significa inclinar-se, prostrar-se diante de; ajoelhar-se, prestar homenagem ou reverência a alguém, seja para expressar respeito ou para suplicar. Adorar significa uma atitude reverente que se expressa atribuindo valor ou mérito. Vejamos o Salmo 96.7,8. “Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas, e entrai nos seus átrios.”
Adoração é uma reação ativa a Deus. Deus se revela e o homem reage a sua revelação adorando-o com fé. Porém, em geral somos até bons ouvintes, mas fraquíssimos em praticar a Palavra de Deus. Ficamos extasiados com a graça de Deus, mas não respondemos coerentemente a essa graça, obedecendo-lhe naquilo que nos manda obedecer. Será que a causa de uma pessoa não ser achada por Deus como verdadeiro adorador é que essa pessoa não vive a adoração como estilo de vida, mas como o resultado apenas de um momento?
O padrão de Deus não mudou, Deus busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade. Essa é uma condição sine qua non na adoração: ser uma nova criatura em Cristo, regenerado pela Palavra de Deus. A adoração em espírito e em verdade depende primariamente do novo coração recebido pela fé na nossa inclusão em Cristo na sua morte e ressurreição. Deus não busca adoradores fora do seu reino, porém não são todos os do reino que são encontrados como adoradores.
Jesus classificou os adoradores em três tipos: os samaritanos que adoram o que não conhecem - ninguém se relaciona bem com quem não tem intimidade; os que conhecem, mas vivem num conhecimento teórico sem relacionamento profundo, e os que adoram em espírito e em verdade. A adoração verdadeira baseia-se no conhecimento e no amor. Deus só pode ser adorado se for conhecido e amado. O salmista convoca o povo de Deus para adoração dizendo: "Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio” Salmos 100:3
Podemos criar muitas desculpas para não adorarmos a Deus. Podemos dizer que se o local fosse mais bonito e confortável poderíamos adorar de verdade. Podemos dizer que se a igreja tivesse mais calor humano e comunhão poderíamos adorar de verdade. Ainda podemos dizer que se a equipe do ministério de adoração fosse melhor em qualidade, poderíamos adorar com excelência; se os cânticos fossem mais contemporâneos ou mais tradicionais, então poderíamos realmente adorar. O que realmente é importante? A forma ou o conteúdo? “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras”. Amós 5.23
Um rapaz de nossa comunidade me perguntou: Como posso saber se o que estou fazendo está certo ou errado, se é pecado ou não? Respondi: Não há possibilidade de uma pessoa andar com você o tempo todo para te responder às situações. Se você não tiver um relacionamento íntimo com Deus, não saberá e não dará ouvido quando o Espírito Santo falar com você. Da mesma maneira alguém pode perguntar: Como posso ser um adorador verdadeiro? Posso responder: quando você tiver um relacionamento de amor para com Deus este relacionamento o levará a adorá-lo em espírito e em realidade dia-a-dia.
O texto principal de nossa meditação diz: “porque o Pai procura a tais que assim o adorem” (v.23b). Você e eu temos sido encontrados continuamente por Deus como verdadeiros adoradores? Façamos uma profunda avaliação afim de que possamos entender o que Deus é e o que nós somos, e assim adorar ao nosso Deus em espírito e em verdade.
Comentários