“E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”. Gênesis 2.23-25
INTRODUÇÃO
Antes de tudo, creio que precisamos lembrar que nossa caminhada é na direção da intimidade com o Senhor Jesus Cristo e que a sua Palavra é a autoridade absoluta para nossa vida. Necessário também se faz lembrar, que somos incapazes por nós mesmos de fazer a vontade de Deus e por isso dependemos Dele inteiramente. Tendo em mente essas verdades podemos clamar ao Senhor por sabedoria para que possamos viver de maneira saudável nos nossos relacionamentos e especificamente na família.
Família: o barco e seus tripulantes. A família é um núcleo de convivência, unida por laços afetivos, que costuma compartilhar o mesmo ambiente. Entretanto, esta convivência pode ser marcada pela felicidade ou por traumas causados por feridas profundas, amor ou amargura dependendo das bases em que está estabelecida, pode ser um centro de referência, onde aceitamos e somos aceitos pelo amor, ou uma mera pensão.
Um barco construído para navegar bem. O capitulo 2 de Gênesis conta-nos uma história. Começando em Gênesis 1 vemos a atividade criativa de Deus em plena ação e ao final de cada parte da criação ouve-se um sonoro: “viu que ficou bom”. Todavia, surpreendentemente em Gênesis 2 podemos perceber pela primeira vez Deus dizendo “Não é bom” (Gn 2.18). Não é bom o homem estar só. Deus criou o homem e lhe deu tudo que precisava para suas necessidades físicas, mas mesmo assim chega à conclusão que ele ainda precisava de alguma coisa. Então Deus forma alguém que o auxilie e lhe corresponda.
A palavra “auxiliar” no hebraico tem a idéia de suprir algo crucial que está faltando, e na maioria das vezes se refere a Deus, como no Salmo 54.4 que diz: “Certamente Deus é o meu auxílio; é o Senhor que me sustem” (Salmos 63:7). “Porque tu me tens sido auxílio; à sombra das tuas asas, eu canto jubiloso”. Adão foi criado com um propósito que deveria ser cumprido juntamente com Eva. Além de auxiliadora ela deveria lhe corresponder, ou seja, uma criatura que nenhuma outra poderia ser, ou se encaixar. Charles R. Swindoll diz que esse era o objetivo de Deus: “União pura, desinibida, altruísta, abençoada, para ser vivida por duas pessoas, feitas uma para a outra. Sem barreiras. Sem conflitos. Sem constrangimentos. Sem inibições. Apenas intimidade.” Imagine como viviam os dois, sem o problema que teriam a seguir.
Deus deixou em sua Palavra a bússola e o mapa para uma boa navegação desse barco chamado família. A primeira coordenada é a desvinculação: “Por isso, deixa o homem pai e mãe...”. “Deixar”, não deve assumir a conotação de abandonar, mas sim de priorizar a dedicação. Mesmo honrando e amando os pais, a esposa vem em primeiro lugar e o marido vem em primeiro lugar.
A segunda coordenada é a permanência: “... e se une à sua mulher...”. Experimente colar duas folhas de papel e depois tente separá-las. Esse é o sentido da palavra “unir” que descreve absoluta dedicação, lealdade, amor e amizade. Não se refere a um grude doentio entre o casal, mas a um relacionamento sadio e forte para viver juntos em qualquer circunstância.
A terceira é a unidade: “... tornando-se os dois uma só carne”. Tornar-se uma só carne não quer dizer uniformidade, mas unidade. Alguém já disse que Eva não foi criada para ser uma versão feminina de Adão. A palavra usada para UMA só carne enfatiza a unidade e ao mesmo tempo a individualidade. Jesus apresenta-nos como exemplo da verdadeira unidade: a Trindade Divina. São pessoas autônomas, porém, interdependentes e operando em conjunto em todas as realizações. Notamos que quando essa unidade não é bem ajustada uma pessoa controla a outra e tira sua liberdade. Não há espaço para desenvolvimento dos dons, diferentes opiniões sem haver conflito, nem tolerância para qualquer idéia contrária a do outro.
A quarta coordenada é a intimidade: “Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”. Eles não eram egoístas e o relacionamento era harmonioso e natural entre eles; “a união sexual deve ter sido a mais prazerosa e a mais gratificante entre tudo o que podemos imaginar”. Viviam sem nenhum medo, inibição ou escolhas mal feitas. Pensavam somente na satisfação do outro. No entanto, sexo não significa intimidade. Intimidade é confiar sua vulnerabilidade com total confiança. “Quando o casal está capacitado a viver em completa intimidade, cada um exerce a sua responsabilidade principal no casamento – e as responsabilidades do homem e da mulher são diferentes”. Charles R. Swindoll.
Navegando em águas agitadas. Passando da beleza do cenário de Gênesis 1 e 2, mergulhamos numa realidade indesejada do capítulo 3. A tentação agitou o mar da vida do casal e o barco foi violentamente atingido pelo iceberg do pecado. “Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam” (Gn 2.25). “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”. (Gn 3.6,7). Que desastre! Que conseqüências! Que morte! De repente o destino que poderia ser a vida eterna, passa a beirar a morte eterna. Uma decisão e um destino!
Todas as pessoas tomam decisões com base nas prioridades que têm em suas vidas. Podemos pensar em prioridade como sendo a relativa importância que damos a pessoas e a coisas. Uma pessoa sem-pre decide com base em um padrão de valores enquanto toma a decisão, e isto a influencia em maior ou menor intensidade, dependendo do grau de importância que ela confere a pessoa ou coisa en-volvida na decisão. Adão e Eva fizeram uma escolha que modificou a rota traçada por Deus para as suas vidas e isso atingiu diretamente o que eles tinham de mais importante com Deus e entre si: A INTIMIDADE.
...percebendo que estavam nus... Adão e Eva começaram a ver tudo diferente. A nudez para eles nunca foi problema, a atenção deles era voltada para Deus e para o outro, mas agora seus olhos es-tavam voltados para si mesmos. Adão deixou de preocupar-se com Eva e concentrou-se nele próprio. Eva fez o mesmo. O que acontece quando num relacionamento familiar, cada um se preocupa consigo mesmo?
...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Eles se afastaram um do outro. Envergo-nhados, refrearam as emoções e impuseram limites à confiança um no outro. Agora tinham algo a esconder, não somente a nudez, mas com o caráter distorcido, também seus pensamentos e inten-ções. A liberdade foi castrada e o propósito da unidade estava sujeito ao fracasso. O sucesso desse relacionamento, manchado pelo pecado, dependeria de um processo de restauração da graça de Deus.
...esconderam-se da presença do SENHOR Deus (Gn 3.8). Também fugiram de Deus. Do mesmo modo que o pecado os afastou um do outro, criou distância entre eles e Deus. Antes, viam a Deus como o criador que amavelmente lhes supria tudo, mas agora o pecado havia causado vergonha e medo. A pessoa envergonhada e humilhada, trás consigo uma síndrome de perfeição para si mesma e para todos à sua volta. Quando algo sai errado seu sentimento se transforma em ira e culpa. A culpa provém de uma ação errada. “Eu errei”. A vergonha diz que tem algo errado em mim. “Eu sou o erro”.
A seqüência dos fatos ocorridos no Éden não faz baixar a tempestade, pelo contrário, piora ainda mais a navegação. “Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Deus sabia o que tinha acontecido e não precisava interrogá-los, mas usou de graça para com os dois. Poderia tê-los julgado sem dizer uma só palavra, mas preferiu falar abertamente do pecado deles. Em cada pergunta o Senhor deu a Adão, e depois a Eva, a oportunidade de contar toda a verdade, arrepender-se e pedir perdão. Entretanto, em cada pergunta iam perdendo a oportunidade de confessar o seu pecado.
Adão, como o líder e modelo da criação humana poderia ter assumido sua responsabilidade e agido de maneira amorosa com sua esposa. “... porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja” (Efésios 5.23a). Em vez disso Adão quando argüido por Deus, res-pondeu: “foi essa mulher que o Senhor me deu”. Isso deve ter ferido o coração de Eva. O homem que se referia a ela como “osso dos meus ossos e carne da minha carne”, a acusa para salvar a sua própria pele. Do outro lado e para se livrar, Eva esquivou-se da responsabilidade. “Disse o SE-NHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi” (Gn 3.13).
Realinhando o curso do barco. Como anda a navegação no seu barco? Todos os tripulantes estão presentes e nas suas devidas funções, sendo assistidos por você marido e esposa? Você gostaria de resgatar o rumo de sua família e mantê-la concentrada nele? Imagine a diferença no relacionamento entre Adão e Eva se a conversa tivesse transcorrido de outra maneira? Se mesmo após a desobedi-ência, ele tivesse confessado a Deus o seu erro e assumido a culpa protegendo sua esposa? Se você deseja que seu lar seja um porto seguro é preciso lidar com a realidade de maneira construtiva.
Gire 1800 e olhe para a Cruz. Quando uma família é impactada pelo amor gracioso de Deus, que nos aceita plenamente em seu Filho Jesus Cristo, podemos ouvir de Deus um suave sussurro: - “Quando você faz tudo certo eu te amo e quando você faz errado eu também te amo, te ensino e continuo te amando”. Você pode expressar suas fraquezas. Jesus Cristo colocou tudo na sua morte e trouxe ressurreição a nossa vida. Esse amor incondicional faz-nos ver todas as coisas com outros olhos. Olhos de aceitação, perdão e renovação. Pare de culpar seus filhos, esposa, emprego ou circunstâncias. Arrependa-se, confesse a verdade ao Senhor; reconheça o plano original de Deus para a sua família e admita que errou o alvo.
Talvez você tenha cometido muitos erros no relacionamento com seu cônjuge e filhos, mas não permita que isso o impeça de transformar sua situação atual em motivo de louvor a Deus. “A esperança bíblica não nega a existência de problemas, mas crê que Deus é maior que qualquer um deles.” Por isso as decisões erradas do passado não nos impedem de tomar decisões acertadas no presente e no futuro. “Nunca é tarde demais para começar a fazer o que é certo”.
“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Coríntios 15.57
INTRODUÇÃO
Antes de tudo, creio que precisamos lembrar que nossa caminhada é na direção da intimidade com o Senhor Jesus Cristo e que a sua Palavra é a autoridade absoluta para nossa vida. Necessário também se faz lembrar, que somos incapazes por nós mesmos de fazer a vontade de Deus e por isso dependemos Dele inteiramente. Tendo em mente essas verdades podemos clamar ao Senhor por sabedoria para que possamos viver de maneira saudável nos nossos relacionamentos e especificamente na família.
Família: o barco e seus tripulantes. A família é um núcleo de convivência, unida por laços afetivos, que costuma compartilhar o mesmo ambiente. Entretanto, esta convivência pode ser marcada pela felicidade ou por traumas causados por feridas profundas, amor ou amargura dependendo das bases em que está estabelecida, pode ser um centro de referência, onde aceitamos e somos aceitos pelo amor, ou uma mera pensão.
Um barco construído para navegar bem. O capitulo 2 de Gênesis conta-nos uma história. Começando em Gênesis 1 vemos a atividade criativa de Deus em plena ação e ao final de cada parte da criação ouve-se um sonoro: “viu que ficou bom”. Todavia, surpreendentemente em Gênesis 2 podemos perceber pela primeira vez Deus dizendo “Não é bom” (Gn 2.18). Não é bom o homem estar só. Deus criou o homem e lhe deu tudo que precisava para suas necessidades físicas, mas mesmo assim chega à conclusão que ele ainda precisava de alguma coisa. Então Deus forma alguém que o auxilie e lhe corresponda.
A palavra “auxiliar” no hebraico tem a idéia de suprir algo crucial que está faltando, e na maioria das vezes se refere a Deus, como no Salmo 54.4 que diz: “Certamente Deus é o meu auxílio; é o Senhor que me sustem” (Salmos 63:7). “Porque tu me tens sido auxílio; à sombra das tuas asas, eu canto jubiloso”. Adão foi criado com um propósito que deveria ser cumprido juntamente com Eva. Além de auxiliadora ela deveria lhe corresponder, ou seja, uma criatura que nenhuma outra poderia ser, ou se encaixar. Charles R. Swindoll diz que esse era o objetivo de Deus: “União pura, desinibida, altruísta, abençoada, para ser vivida por duas pessoas, feitas uma para a outra. Sem barreiras. Sem conflitos. Sem constrangimentos. Sem inibições. Apenas intimidade.” Imagine como viviam os dois, sem o problema que teriam a seguir.
Deus deixou em sua Palavra a bússola e o mapa para uma boa navegação desse barco chamado família. A primeira coordenada é a desvinculação: “Por isso, deixa o homem pai e mãe...”. “Deixar”, não deve assumir a conotação de abandonar, mas sim de priorizar a dedicação. Mesmo honrando e amando os pais, a esposa vem em primeiro lugar e o marido vem em primeiro lugar.
A segunda coordenada é a permanência: “... e se une à sua mulher...”. Experimente colar duas folhas de papel e depois tente separá-las. Esse é o sentido da palavra “unir” que descreve absoluta dedicação, lealdade, amor e amizade. Não se refere a um grude doentio entre o casal, mas a um relacionamento sadio e forte para viver juntos em qualquer circunstância.
A terceira é a unidade: “... tornando-se os dois uma só carne”. Tornar-se uma só carne não quer dizer uniformidade, mas unidade. Alguém já disse que Eva não foi criada para ser uma versão feminina de Adão. A palavra usada para UMA só carne enfatiza a unidade e ao mesmo tempo a individualidade. Jesus apresenta-nos como exemplo da verdadeira unidade: a Trindade Divina. São pessoas autônomas, porém, interdependentes e operando em conjunto em todas as realizações. Notamos que quando essa unidade não é bem ajustada uma pessoa controla a outra e tira sua liberdade. Não há espaço para desenvolvimento dos dons, diferentes opiniões sem haver conflito, nem tolerância para qualquer idéia contrária a do outro.
A quarta coordenada é a intimidade: “Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”. Eles não eram egoístas e o relacionamento era harmonioso e natural entre eles; “a união sexual deve ter sido a mais prazerosa e a mais gratificante entre tudo o que podemos imaginar”. Viviam sem nenhum medo, inibição ou escolhas mal feitas. Pensavam somente na satisfação do outro. No entanto, sexo não significa intimidade. Intimidade é confiar sua vulnerabilidade com total confiança. “Quando o casal está capacitado a viver em completa intimidade, cada um exerce a sua responsabilidade principal no casamento – e as responsabilidades do homem e da mulher são diferentes”. Charles R. Swindoll.
Navegando em águas agitadas. Passando da beleza do cenário de Gênesis 1 e 2, mergulhamos numa realidade indesejada do capítulo 3. A tentação agitou o mar da vida do casal e o barco foi violentamente atingido pelo iceberg do pecado. “Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam” (Gn 2.25). “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”. (Gn 3.6,7). Que desastre! Que conseqüências! Que morte! De repente o destino que poderia ser a vida eterna, passa a beirar a morte eterna. Uma decisão e um destino!
Todas as pessoas tomam decisões com base nas prioridades que têm em suas vidas. Podemos pensar em prioridade como sendo a relativa importância que damos a pessoas e a coisas. Uma pessoa sem-pre decide com base em um padrão de valores enquanto toma a decisão, e isto a influencia em maior ou menor intensidade, dependendo do grau de importância que ela confere a pessoa ou coisa en-volvida na decisão. Adão e Eva fizeram uma escolha que modificou a rota traçada por Deus para as suas vidas e isso atingiu diretamente o que eles tinham de mais importante com Deus e entre si: A INTIMIDADE.
...percebendo que estavam nus... Adão e Eva começaram a ver tudo diferente. A nudez para eles nunca foi problema, a atenção deles era voltada para Deus e para o outro, mas agora seus olhos es-tavam voltados para si mesmos. Adão deixou de preocupar-se com Eva e concentrou-se nele próprio. Eva fez o mesmo. O que acontece quando num relacionamento familiar, cada um se preocupa consigo mesmo?
...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Eles se afastaram um do outro. Envergo-nhados, refrearam as emoções e impuseram limites à confiança um no outro. Agora tinham algo a esconder, não somente a nudez, mas com o caráter distorcido, também seus pensamentos e inten-ções. A liberdade foi castrada e o propósito da unidade estava sujeito ao fracasso. O sucesso desse relacionamento, manchado pelo pecado, dependeria de um processo de restauração da graça de Deus.
...esconderam-se da presença do SENHOR Deus (Gn 3.8). Também fugiram de Deus. Do mesmo modo que o pecado os afastou um do outro, criou distância entre eles e Deus. Antes, viam a Deus como o criador que amavelmente lhes supria tudo, mas agora o pecado havia causado vergonha e medo. A pessoa envergonhada e humilhada, trás consigo uma síndrome de perfeição para si mesma e para todos à sua volta. Quando algo sai errado seu sentimento se transforma em ira e culpa. A culpa provém de uma ação errada. “Eu errei”. A vergonha diz que tem algo errado em mim. “Eu sou o erro”.
A seqüência dos fatos ocorridos no Éden não faz baixar a tempestade, pelo contrário, piora ainda mais a navegação. “Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Deus sabia o que tinha acontecido e não precisava interrogá-los, mas usou de graça para com os dois. Poderia tê-los julgado sem dizer uma só palavra, mas preferiu falar abertamente do pecado deles. Em cada pergunta o Senhor deu a Adão, e depois a Eva, a oportunidade de contar toda a verdade, arrepender-se e pedir perdão. Entretanto, em cada pergunta iam perdendo a oportunidade de confessar o seu pecado.
Adão, como o líder e modelo da criação humana poderia ter assumido sua responsabilidade e agido de maneira amorosa com sua esposa. “... porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja” (Efésios 5.23a). Em vez disso Adão quando argüido por Deus, res-pondeu: “foi essa mulher que o Senhor me deu”. Isso deve ter ferido o coração de Eva. O homem que se referia a ela como “osso dos meus ossos e carne da minha carne”, a acusa para salvar a sua própria pele. Do outro lado e para se livrar, Eva esquivou-se da responsabilidade. “Disse o SE-NHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi” (Gn 3.13).
Realinhando o curso do barco. Como anda a navegação no seu barco? Todos os tripulantes estão presentes e nas suas devidas funções, sendo assistidos por você marido e esposa? Você gostaria de resgatar o rumo de sua família e mantê-la concentrada nele? Imagine a diferença no relacionamento entre Adão e Eva se a conversa tivesse transcorrido de outra maneira? Se mesmo após a desobedi-ência, ele tivesse confessado a Deus o seu erro e assumido a culpa protegendo sua esposa? Se você deseja que seu lar seja um porto seguro é preciso lidar com a realidade de maneira construtiva.
Gire 1800 e olhe para a Cruz. Quando uma família é impactada pelo amor gracioso de Deus, que nos aceita plenamente em seu Filho Jesus Cristo, podemos ouvir de Deus um suave sussurro: - “Quando você faz tudo certo eu te amo e quando você faz errado eu também te amo, te ensino e continuo te amando”. Você pode expressar suas fraquezas. Jesus Cristo colocou tudo na sua morte e trouxe ressurreição a nossa vida. Esse amor incondicional faz-nos ver todas as coisas com outros olhos. Olhos de aceitação, perdão e renovação. Pare de culpar seus filhos, esposa, emprego ou circunstâncias. Arrependa-se, confesse a verdade ao Senhor; reconheça o plano original de Deus para a sua família e admita que errou o alvo.
Talvez você tenha cometido muitos erros no relacionamento com seu cônjuge e filhos, mas não permita que isso o impeça de transformar sua situação atual em motivo de louvor a Deus. “A esperança bíblica não nega a existência de problemas, mas crê que Deus é maior que qualquer um deles.” Por isso as decisões erradas do passado não nos impedem de tomar decisões acertadas no presente e no futuro. “Nunca é tarde demais para começar a fazer o que é certo”.
“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”. 1 Coríntios 15.57
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