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O BARCO FURADO DA JUSTIÇA PRÓPRIA

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno. Salmos 139:23-24
Esta é uma declaração muito honesta de uma nova criatura que está sendo tratada pela obra da cruz de Cristo. Caracteriza alguém que sendo impactado pelo caráter de Cristo reconhece em si, sua inadequação, finitude e carência da graça e misericórdia de Deus. Durante seu tempo de ministério terreno, Jesus Cristo foi ouvido por pessoas de todas as classes sociais que o rodeavam. Enquanto ensinava aos seus discípulos, Ele os desafiava a refletirem sobre a Palavra de Deus e suas vidas. Certo dia, Jesus lhes propôs uma parábola, referindo-se especificamente àqueles que se consideravam justos e desprezavam os outros (Lucas 18.9-14). Ele falou de dois homens que subiram ao templo com o propósito de orar: um era fariseu, e o outro, publicano. Os fariseus pertenciam ao grupo religioso judaico, que se distinguia pela estrita obediência da lei mosaica. “Eram separatistas rigidamente legalistas, que ganharam a fama de religiosos corruptos e hipócritas, que viviam uma falsa santidade. Os chamados “publicanos” da época de Jesus, são especificamente os coletores de impostos que tinham fama de praticarem extorsões e de serem avarentos. Eramtambém odiados pelos judeus, por serem considerados traidores de seu próprio povo ao servirem voluntariamente aos romanos. No aspecto da religião, os publicanos eram desprezados e considerados impuros por causa do frequente contato com gentios, e dessa forma, excluídos socialmente. Jesus aguça a imaginação de seus ouvintes, contando que um fariseu, em pé, orava de si para si mesmo, dizendo:“Ó Deus, graças te dou porque não sou como o resto dessa gente roubadora, injusta e adúltera, nem ainda como este sujeito aqui perto, um publicano. Eu Senhor, jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, que era o sujeito que orava à certa distância do fariseu. Ele estava em pé também, mas se considerava tão indigno que nem mesmo ousava levantar os olhos ao céu. Sua atitude surpreendeu da mesma forma que o Samaritano de outra parábola contada por Jesus, em outro momento. Imagine a cena: Ele batia no no peito, dizendo: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Concluindo a parábola, Jesus disse que o publicano foi embora justificado para sua casa e não o fariseu. Porquê? Porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado, disse Jesus. A justiça própria é como navegar num barco furado. O apóstolo Paulo exorta os irmãos da igreja em Roma da seguinte forma: digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Romanos 12:3 Uma das grandes armadilhas de Satanás é dizer que a justiça própria é melhor que a Justiça de Cristo. Quando alguém dá mais valor a sua justiça, estará confiando na possibilidade de flutuar e navegar num barco furado “fazendo água”, enquanto o que depositar diante de Deus um coração quebrantado e compungido, receberá a justificação que vem do Cristo ressurreto, que nos leva ao Seu Reino. Que seja a nossa oração diária assim como a oração do salmista, traduzida aqui dessa forma: “Pai, em nome de Jesus, peço que o Senhor me mostre, pelo Teu Espírito o que está em meu coração e não te agrada. Revele a Tua Palavra e exponha todas as áreas ocultas do meu coração que têm me impedido de Te conhecer, Te amar e Te servir de todo o coração. Confesso diante do Senhor que sou indigno e que careço da Tua graça realizando em mim a Tua vontade. Amém!” Eric G. do Carmo

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